Vagas de calor matam

calor O ser humano, conforme foi moldado pela selecção natural ao longo da evolução, é uma criatura homeoterma -- ou seja, funciona bem a uma temperatura específica.
No caso, esse ponto óptimo fica ao redor de 36,5ºC, variando um pouquinho de indivíduo para indivíduo.

Submeter-se por muito tempo a uma condição anormal de temperatura -- para cima ou para baixo -- pode causar sérios danos. E, no caso de aumento do calor, como está acontecendo na Índia e no Paquistão por esses dias, nem precisa ser uma mudança muito radical.

Quando o corpo atinge mais de 40ºC, já pode dizer-se que o indivíduo corre algum risco de vida.

Fazer o corpo chegar aos 40ºC não é uma tarefa tão simples, pois ele tem um sistema próprio de controle térmico, capaz de lidar com as variações ambientais menos radicais -- uma espécie de "refrigerador interno", que usa várias técnicas, entre elas a troca de líquidos com o ambiente (suor), como forma de dissipar o calor.

Qual é a temperatura requerida para fazer pifar esse sistema de refrigeração, como está acontecendo com várias pessoas na Ásia?

Isso depende de uma série de factores, que vão desde o biótipo do indivíduo até o grau de hidratação e o tempo de exposição a altas temperaturas.

Mortes por hipertermia costumam ocorrer durante as vagas de calor, que são definidas como um período de cinco dias ou mais em que a temperatura média é pelo menos 5 graus acima da máxima que seria normal naquele local e naquela época do ano.

As contas complicadas traduzem uma realidade muito simples: submeter-se a um ambiente muito quente (temperaturas acima de 40ºC por períodos prolongados) no fim das contas mina todos os esforços corporais de controle térmico. O resultado é a condição conhecida como hipertermia.

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